Vejo tantos conflitos
que poderiam ser
evitados,
Percebo
tantos disse-não-disses do
quotidiano
Que às vezes
remancho na elaboração
de planos
Por sentir-me acanhado
e deveras ressabiado.
Numa overdose de
vergonha adormeço no
dissabor
De ver fluir
o tempo dentre
ilusórios aperitivos
Que
incendeiam a marcha
de patéticos peregrinos
Que não enxergam
que a ração
do mundo é
o amor.
As horas percorrem
perante as fraturas
da existência
E os andaimes
que se alevantam
caem pela indolência
Dos olhares viciados
pela contramão nas
estradas...
Sonhar é antídoto
para viver-se isolado
em cavernas,
O chão da
vida exige alento
e perambular de
pernas
Que sejam indiferentes
ao galanteio de
mãos acomodadas!
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