Grande
tumulto no astral,
Fogo que vem
do desconhecido
Invade o espaço
num intenso alarido
Causando
transtorno infinitesimal.
Estrelas
carbonizadas despencam cadentes,
A lua tem
seu manto queimado,
O sol desliga
sua luz ressabiado
E cinzas cobrem
vales e planícies
dos continentes.
Terrível
aroma é levado
pelos ventos
Inundando na escuridão
o recinto dos
lares,
Cometas
ressecam e caem
nos mares
Poluindo nos oceanos
a água dos
sentimentos.
Imensas
labaredas cruzam os
céus de ponta
a ponta,
No éter extenso
vácuo é o
produto da tragédia,
As pessoas em
seu íntimo decodificam
a inveja
Como uma das
responsáveis pela ousada
afronta.
Já não se
sabe o que
é noite, o
que é dia...
O orgulho dissipa
os canteiros de
primavera,
O egoísmo se
diz senhor de
todas as eras
E na humanidade
inteira respira-se melancolia.
O verão é
deposto pelas garras
das ambições
E o outono
sucumbe deixando as
árvores desnudas,
No deserto infindo
diluem-se as disputas,
Pois um inverno
de maldade asfixia
os corações.
No templo da
natureza fumaça negra
ceifa vidas,
As nuvens cospem
fogo sobre a
terra,
O ódio e
o ciúme contaminam
a atmosfera
E o planeta
agoniza premeditando despedida.
A hipocrisia assume
importante posto de
comando,
Mas como ela
fotografa o núcleo
das mentiras,
Dentro do Mal
ocorre o que
a maldade não
previra
E os desentendimentos vão
sufocando todos os
planos.
A discórdia entre
os daninhos é
a sede de
poder
E uma guerra
se instala para
eleger-se o melhor,
Esquecem-se
de que entre os
maus só há
o pior
E se destroem
a si mesmos
provocando o amanhecer.
Um novo firmamento
forma-se lentamente
E o sol
abre seu brilho
iluminando o orbe,
A vida se
renova e o
Bem promove
A
fotossíntese definitiva no
que é da
gente.
Vitória do Bem
sem precisar entrar
na luta
E o amor
sem dúvidas é
sempre a fonte
De todas as
emoções que clareiam
o horizonte
De uma existência
em que felicidade
não se transmuta!
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