Estou preso às
conveniências pessoais,
Deitar-me em berço
esplêndido é quimera
Que o tempo
trapaceou em plena
primavera
Deixando no tapete
flores murchas pelo
chão.
Sou verdugo de
minhas encardidas apólices,
Conjecturar
planos para o
futuro é devaneio
Que o vento
transformou em farelos
de centeio
Numa dieta que
me deixou sem
amor o coração.
Navego entre vagas
que se quebram
nas rochas
De uma solidão
que pranteia o frio que
me acocha
Contra as paredes
estéreis de uma
vida caduca...
Verto
lágrimas que lavam
emoções apócrifas
E diante da
estrela cadente que
cai monótona
Respiro o último
néctar da flor
que me cutuca!
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