À  bordo  de 
uma  canoa,  mar 
revolto,  vomito...
Redemoinhos 
rondam  a  embarcação 
querendo  tragá-la,
O  oceano  parece-me 
vestido  em  traja 
de  gala
E,  no  horizonte, 
longe  da  terra, 
diviso  o  infinito...
Tempestades 
assanham  as  vagas 
do  mar  bravio
E  nas  procelas 
deito  meu  pensamento  em 
repouso,
Perigo 
ululante  é  o 
silêncio  desértico  que 
ouço
Nos  confins  do 
íntimo  onde  minha 
alma  sente  arrepios...
Solidão  e  natureza 
aquática  pululam  ao 
meu  redor
E  em  minha 
mente  choro  sinfonias 
em  dó  maior
Auscultando  os  ventos 
que  levam  minhas 
fantasias...
Atmosfera 
fria  congela  meu 
corpo  e  me 
deixa  mudo,
Aves  marinhas  sobrevoam 
o  ar  em 
leves  sussurros
E  nas  ondas 
frenéticas  mergulho  abstrações 
de  utopias!
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