O JURAMENTO
CAPÍTULO VI
VI
Alugou uma casa nos arredores da cidade, contratou uma babá eficiente e
foi morar com os filhos. Dava, assim, um descanso aos pais, que durante
longos meses, tomaram conta de suas crianças. Mas sua inesquecível
Alice jamais lhe saíra da mente. Como a amara! Pena que ela houvesse
sido tão teimosa. Caso tivesse lhe dado ouvidos, provavelmente ali
estivesse a tomar conta dos filhos e ser a rainha do seu lar. Todavia, o
“destino” escreveu certo por linhas tortas...
Estava um lindo
domingo de sol. Eduardo brincava com as crianças na piscina, quando uma
das empregadas veio anunciar uma visita.
- De quem se trata, Odete?
- De uma senhora muito bem vestida, ela diz ser mãe de Sra. Alice.
Eduardo não esperava por isto. Saiu imediatamente da piscina, vestiu-se e foi receber Dona Noêmia.
- Que prazer, Dona Noêmia. A que devo sua visita?
- Bom dia, Eduardo, Dr. Eduardo, como queira.
- Bom dia, sente-se.
- Você e Alice sempre foram muito próximos. Deixei o tempo passar, e só
agora vim vê-lo. Preciso saber de algumas coisas, Eduardo.
- Esteja à vontade, Dona Noêmia, pergunte o que quiser...
Neste ínterim, Gorete, a caçula de Eduardo, vem correndo ao seu encontro...
- Papai, papai, não vem mais para piscina?
Dona Noêmia levou um susto... Estava sem compreender...
- Papai? Ela o chamou de papai? Ouvi bem? Como pode, se até bem pouco você era um padre?
- É uma longa história, Dona Noêmia. A senhora tem coração para suportar fortes emoções?
- Sim, tenho...
E Eduardo contou-lhe tudo, sem nada omitir. Dona Noêmia estava com os olhos marejados de lágrimas...
- Pois é, Dona Noêmia, estas quatro crianças são seus netos!
- Como minha filha foi intransigente, Eduardo! Poderia estar aqui agora
e desfrutar desta felicidade! Que juramento mais bobo esse dela!
-
Pois é, mas como eu a amava, nunca a deixei só, embora sair da vida
religiosa já estivesse há muito tempo em meus planos. Só não entendo uma
coisa, Dona Noêmia, por que ela jamais permitiu que a senhora e sua
família soubessem da existência das crianças?
- Por uma questão de
ética, Eduardo. Sinceramente, minha filha sabia que iríamos
recriminá-la, mas isso logo passaria. Ela se sentiu envergonhada de nos
contar, foi isso. Contudo, se eu não tenho vindo aqui hoje...
-
Absolutamente, Dona Noêmia. Eu estava apenas dando um tempo. Certamente,
eu iria procurá-los e os apresentaria a seus netos. Acredite, é
sincero...
- Acredito, Eduardo, você sempre foi um menino decente...
Dona Noêmia, seu esposo e os demais membros da família tiveram livre
acesso às crianças, que continuaram a viver felizes, ao lado do pai...
AMANHÃ O EPÍLOGO DESTA TRAMA, NÃO PERCAM!
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