Quando  a  lua 
deita  seu  brilho 
sobre  os  telhados,
O  dia  está 
morto  e  a 
noite  é  o 
sabor
Que  aduba  no 
amanhecer  a  fotossíntese 
do  orvalho
Que  dá  aos 
lençóis  o  colorido 
indelével  do  amor.
Quando  a  lua 
faz  do  mar 
um  espelho  d’água,
O  dia  dorme 
e  a  noite 
é  poleiro  onde 
os  passarinhos
Despertam 
sorrindo  e  seus 
cantos  deságuam
Nos  ventos  que 
sopram  a  aquecem 
seus  ninhos.
Quando  a  lua 
se  esconde  das 
tempestades  e  das 
trovoadas,
Relâmpagos 
alumiam  as  noites 
de  nuvens  carregadas
E  o  mundo 
se  amotina  nos 
camburões  do  terror...
Quando  a  lua 
tímida  surge  no 
horizonte  devagar,
A  noite  é 
o  esconderijo  dos 
que  querem  se 
amar
E  o  dia 
a  majestade  que 
chora  a  alegria 
do  amor!
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