Meus  olhos  são 
apaixonados  pela  cultura 
do  povo...
Minha  ótica  fotografou 
aonde  ele  foi
E  registrou  a 
dança  fantástica  do 
bumba-meu-boi...
Depois 
percorreu  rodas  de 
samba  e  encarou 
a  cigana
Bailando 
fogosa  num  tablado 
que  curtia  a 
ciranda
Numa  noite  em 
que  o  calor 
reinava  endiabrado...
Coração 
passional  encantou-se  com 
o  ritmo  do 
xaxado
E  deitou  poeira 
quase  febril  da  sanfona  no 
baião
Que  tocava  alegre 
e  enchia  de 
felicidade  o  sertão
Como  se  fosse 
chuva  que  adubasse 
a  plantação  no 
arado...
O  cabra  da 
peste  pode  ser 
pobre,  mas  sua 
cultura  é  rica,
Faz  parte  de 
um  Brasil  forrozeiro 
onde  já  é 
arte  ser  gente...
A  viola  que  transmuta  torna 
o  cantador  e 
seu  repente
O  embrião  de 
uma  poesia  que  é  prima 
de  outros  artifícios
Que  não  cabem  aqui,  contudo 
se  espalham  num 
Brasil altruísta!  
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário.