quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Universo do Escritor


Engraçado!
Às vezes digo
Que meu quarto
É meu camarim...
Não! Talvez seja melhor
Eu dizer: meu ateliê...
Não! Também não soa bem...
Igualmente não é estúdio,
Nem consultório...
É o quê, então?
Escritório?
Não! Por quê?
Porque não negocio,
Eu escrevo... Gosto de escrever!
Decidi, finalmente...
É meu refúgio!
Lugar para onde fujo
A fim de vestir as palavras
E colocar no papel meu pensamento.
Faço isso todos os dias,
De vez em quando feliz,
Doutras, repleto de melancolia...
É que o mundo está tão travesso!
O que é bom passa sem ser percebido,
Do que não serve se faz folia...
Tudo é motivo de inspiração,
Basta concentrar-se e concatenar as ideias,
Contudo nem sempre é fácil,
Porque leitor é coisa rara...
E, quando penso nisso,
Torno-me, de repente, emotivo,
Uma sensação estranha me invade...
O povo já não lê coisa séria,
Dizem que é alienação, coisa sem futuro...
Nas redes sociais, na mídia,
Só se encontram futilidades:
Sexo, aberrações, sensualidade doentia,
Assuntos os mais inconseqüentes
Que não constroem, nem elevam a autoestima,
Porém o talento, a sensibilidade,
Como ficam?
Simplesmente sou obrigado
A ignorar esses proventos
E não desistir. Persevero.
Sigo avante, inicialmente
Porque, embora poucos,
Ainda há quem goste da boa leitura
E, em segundo plano,
Devido a uma satisfação
Que tenho de dar ao meu ego...
Grande parte dos homens despreza
A criatividade artística
Neste mundo chamado moderno.
E quando deixará de ser moderno?
Será o quê, depois?
Fala-se da criatividade
Noutros sentidos, noutras paragens...
Todavia o escritor jamais
Deixará de existir... Jamais!
Ele é a oposição,
A antena que mantém o orbe atualizado...
Ih! Esqueci de dizer:
Em meu quarto também durmo.
Boa noite!

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