segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Torvelinho Sentimental


Penso somente em ti
Neste outono brumoso e cinzento,
Imagem refletida na saudade
Que diariamente contrito enfrento.

As árvores balouçam seus galhos
No compasso lento do ritmo vespertino,
Meu íntimo nostálgico se agita
Sem saber a direção do meu destino.

Um céu nublado esconde
Segredos utópicos do entardecer...
Sintomas de solidão denunciam
Amarguras latentes que teimam em acontecer.

Uma chuva fina que cai
Dilacera em min’alma a esperança,
Sorvo o néctar sensível das estrelas
E na magia dos acordes celestiais meu corpo dança.

A noite carregada de açoites
Desmorona a inquietude da tarde senil...
A brisa que me envolve solene
É meu reflexo na tarde que partiu.

Na madrugada há um reino ressabiado
Que singra em pedaços meu íntimo num torvelinho...
Já não penso mais em ti,
Devaneio uma primavera eivada de carinho!

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