sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Vitrines Alegóricas



Debruço-me  sobre  meus  alfarrábios
E  escrevo  notas  que  são  meu  mundo,
Solidão  e  morte  me  vampirizam  até  que  vislumbro
Vulcões  de  saudades  navegando  entre  corsários.

Percebo  silhuetas  que  pranteiam  suas  dores
Afogadas  no  istmo  de  delinqüentes  sentimentos,
Ousadas  lágrimas  secam  com  a  ternura  dos  ventos
E  deixam  árido  o  solo  onde  se  cultivam  os  amores.

As  palavras  tecidas  no  papel  tornam-se  movediças
E  sucumbem  perante  o  enlevo  de  expressões  castiças
Que,  vinculadas  ao  tempo,  borram-se  de  nostalgia...

No  cemitério  das  recordações  destacam-se  várias  nascentes
Em  cuja  correnteza  evapora-se  o  burburinho  das  gentes
Que  perece  atrofiado  nos  enxames  de  minha  fantasia!

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