Percebo meu vulto em cada ângulo
Da alcova atapetada
em estilo persa,
Aqui e ali
ele timidamente tropeça
Na apatia excessiva
do estado sonâmbulo.
Pálido de vexame,
esconde-se entre as
cortinas
Das largas janelas
diante do pátio,
Sinto
arrepios em cada
ponto do espaço
Ecoarem
discretos vindos de
baixo e de
cima.
Penumbra
anestésica dormita-me os
gestos
E vejo o
vulto encarapuçado cada
vez mais perto
Dos meus sentidos
acoplados sobre a
cama...
Na atmosfera do
ambiente há um
vazio impostor
Que suga minhas
forças dissipadas pelo
torpor
Do vulto que
energiza meu pensamento
em chamas!
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