domingo, 8 de dezembro de 2013

O último riso



O  sêmen  da  hipocrisia  fecundou  a  ambição
E  o  orgulho  corroeu  os  alicerces  da  humildade,
O  ciúme  anestesiou  sintomas  de  fraternidade
E  o  mundo  adormeceu  enfermo  na  escuridão.

A  saudade  trancafiou-se  na  clausura  dos  envergonhados
Enquanto  a  solidão  prostrou-se  em  rabugenta  enfermaria,
O  preconceito  assumiu  deprimente  função  de  chefia
Forçando  o  amor  a  camuflar-se  sedento  e  desbotado.

A  intolerância  passou  a  governar  livre  e  absoluta
Aprisionando  o  perdão  distante  do  ringue  de  disputa
A  fim  de  que  o  ódio  e  a  maldade  ditassem  regras...

A  perseverança  recebeu  da  esperança  o  antídoto  da  resistência
E  o  bem  sobrepujou-se  sereno  diante  de  todas  as  maledicências
Restituindo  no  reino  universal  os  prazeres  do  planeta  Terra!

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