terça-feira, 29 de outubro de 2013

Corpus Nus


Com  o  aconchego  que  a  natureza  produz
O  sol  declina  dentre  várzeas  de  nuvens,
Perante  as  noites  que  os  dias  se  curvem
E  tatuem  no  mausoléu  dos  sonhos  corpus  nus.

Os  artistas  pincelam  personagens  em  partituras  de algodão
Sobraçando  a  nudez  com  ápices  de  intenso  delírio,
As  flores  despem  dos  talos  o  néctar  dos  lírios
E  na  tela  da  imaginação  lágrimas  pranteiam  ilusão.

O  olhar  desnuda  formas  na  configuração  do  belo
E  as  mãos  tecem  no  texto  o  interpretar  sincero
Dos  desejos  afrodisíacos  que  curtem  do  remelexo,  a  orgia...

Uma  inquietude  de  prazer  faz  transbordar  o  coração  que  chora
No  dedilhar  das  notas  românticas  da  cansada  viola
Que  orgulhosa  aguarda  dissiparem-se  meneios  de  fantasia!



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