Com  o  aconchego 
que  a  natureza 
produz
O  sol  declina 
dentre  várzeas  de 
nuvens,
Perante  as  noites 
que  os  dias 
se  curvem
E  tatuem  no 
mausoléu  dos  sonhos 
corpus  nus.
Os  artistas  pincelam 
personagens  em  partituras 
de algodão
Sobraçando  a  nudez 
com  ápices  de 
intenso  delírio,
As  flores  despem 
dos  talos  o 
néctar  dos  lírios
E  na  tela 
da  imaginação  lágrimas 
pranteiam  ilusão.
O  olhar  desnuda 
formas  na  configuração 
do  belo
E  as  mãos 
tecem  no  texto 
o  interpretar  sincero
Dos  desejos  afrodisíacos 
que  curtem  do 
remelexo,  a  orgia...
Uma 
inquietude  de  prazer 
faz  transbordar  o 
coração  que  chora
No  dedilhar  das 
notas  românticas  da 
cansada  viola
Que  orgulhosa  aguarda 
dissiparem-se  meneios  de 
fantasia!
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