segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Terapia do Tempo


Não  estarei  aqui  quando  o  inverno  chegar...
Lembranças,  eu  as  terei  sempre  comigo,
Em  orvalhos  de  saudade  solidão  é  abrigo
Como  o  olhar  que  vara  túneis  do  tempo
Em  seu  indiscreto  caminhar...

A  chuva  cairá  e  semeará  a  terra  seca,
Sentimento  profundo  que  for  adubado  brotará
E  mesmo  entre  torvelinhos  de  enchentes  transformará
O  coração  cético  que  do  amor  perdeu  a  etiqueta...

Em  cada  gota  que  desabar  que  se  proclame
A  metamorfose  que  se operará  em  todos  os  vexames
Para  o  que  for  sedentário  possa  ganhar  vida...

Que  na  primavera  sonhos  sejam  flores  do  campo,
Que  os  pássaros  possam  entoar  maviosos  cantos

Para  felicitar  a  natureza  sempre  tão  agredida!

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