quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Talvez eu...


Talvez  eu  não  seja  do  meu  ar  o  oxigênio
Nem  da  atmosfera  substância  de  nitrogênio,
Mas  sou  peregrino  ambulante  do  universo
Que  ora  cai,  ora  levanta,  sem  ser  gênio...

Talvez  eu  não  seja  da  minha  estrada  o  guia
Nem  o  poema  de  cuja  leitura  tem-se  nostalgia,
Mas  um  colecionador  de  letras  em  cada  verso
Que  sonha,  sorri,  chora...  que  fantasia!

Talvez,  da  paixão,  eu  não  seja  o  fogo  que  arde,
Mas  sou  a  palavra  que  queima,  sou  uma  arte
Que  tempera  sentimentos  em  busca  do  belo...

Talvez  de  mim  mesmo  não  seja  a  própria  vida,
Mas  sou  do  meu  íntimo  mão  amiga  e  inimiga,
Causador  dos  sucessos  e  verdugo  dos  meus  flagelos!


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