terça-feira, 15 de outubro de 2013

Os Gêmeos

Aí está o II capítulo. Vamos ler e participar da história. Abraços!

Os Gêmeos
2º. Capítulo

Alguns anos se passaram. Os gêmeos cresciam inteligentes e felizes ao lado dos famíliares que não mediam esforços para tudo, dentro do possível, oferecer a eles. Estavam com 9 anos e, na escola, além de serem queridos e paparicados por professores e colegas, ocupavam sempre os melhores resultados em trabalhos e avaliações. Igualmente se destacavam nas práticas esportivas, nas danças e na música. Possuíam um talento especial para a música, logo aprenderam a tocar violão e teclado, bem como eram portadores de uma bela voz. Interessante! Criados separados e distantes um do outro,
Victor e Leonardo haviam em si as mesmas características em todos os sentidos. Nem imaginavam a existência do outro, no entanto sempre diziam aos pais em algum momento de tristeza, por sinal, raro ainda.
- Mãe, eu não sei explicar, mas é como me faltasse um pedaço de mim que deixei em algum lugar. Sensação estranha essa, muito estranha...
Suzana, que tudo sabia sobre sua origem, claro, ocultava em segredo o passado, pois considerava-o muito novo para conhecer a verdade dele mesmo.
- Impressão sua, Léo. Nada você deixou perdido em lugar nenhum. É melhor não pensar mais nisso, porque tal pensamento o deixa deprimido. Você é muito amado por mim, por seu pai e por seus colegas. Tudo tem dentro de nossas possibilidades, portanto, alegre-se! Hoje é sábado, seu pai o levará à pescaria. Não quer ir?
Logo Leonardo se animou, adorava pescar ao lado de Roberto Carlos, que aproveitava a oportunidade para contar-lhe lindas histórias, como por exemplo, sobre a Guerra de Tróia. Léo escutava com atenção e mergulhava fundo no teor dos acontecimentos.
- Mas esse Paris foi um raptor covarde, ainda bem que Ulisses salvou Helena! Bendito cavalo de madeira. - Disse Léo.
- Pois é, Leonardo. São belíssimas as histórias da Grécia Antiga! Você se esquece do tempo quando as lê. – Afirmou Roberto.
E, assim, Leonardo foi crescendo, aprendendo e dividindo sorrisos com todos ao seu redor.
Mais alguns anos se passaram. Os gêmeos estavam agora com a idade de 14. Durante todo o período até o atual, tudo ocorrera sem maiores novidades, dentro dos parâmetros traçados pelos pais. Entretanto, aqueles instantes de profunda tristeza não desapareceram e, agora, ficaram mais frequentes, dos dois lados.
- Que há Victor? Que cara é esta? - Indagou Marta, sua mãe.
- Não sei. Um troço esquisito dentro de mim, sinto falta de alguma coisa que não sei afirmar o que é. Vem lá do âmago, bem do íntimo e dar-me uma vontade incrível de chorar. Por que isto, mãe? 
Marta achou que ainda não era o momento de revelar-lhe a verdade. Precisava combinar com Humberto, seu marido, o que fazer. Não mais suportava aqueles instantes de depressão de Victor. Ela o observava atentamente. Verificara que Victor se transformava, em suas feições havia algo indecifrável e tal fato metia-lhe medo, receio de ver de repente o filho doente. Estava positivamente bastante preocupada, porém disfarçou...
- Meu filho, não creio que seja nada de interessante. È coisa de sua cabeça, nada mais. Esqueça! Busque o que fazer e logo passa. Por que não telefona para Otávio e vão ao clube? Hoje é domingo, está um dia muito belo. Aproveite, meu filho, assim você se distrai.
Victor concordou. Ligou para Otávio.
- Como? Você não pode ir ao clube comigo? - Questionou Victor.
- Não posso, Victor. Estamos nos aprontando para ir ao Shopping Center, painho quer fazer umas compras. - Respondeu Otávio. 
- Que pena! - Disse Victor. - Fica para o próximo final de semana.
- Bem, a não ser que você queira ir conosco. Quer? Caso queira, passamos aí em sua casa e apanhamos você. Lá não há piscinas, todavia há muitas garotas bonitas para flertarmos. Então, vai? - Convidou Otávio.
Victor nem pensou duas vezes. Queria mesmo era arejar a mente, ver coisas novas, pessoas novas, meninas bonitas...
- Sim, eu quero ir. Combino com minha mãe, ela deixa. Aguardo você aqui. – Confirmou Victor.
E assim houve. Passaram o dia inteiro no Shopping. Visitaram lojas, brincaram no boliche, lancharam... Foi um dia feliz. Quando retornou ao lar, eram 21 horas. Chegou cansado. Tomou banho, trocou de roupa e... cama! No dia seguinte haveria aula e Victor não tolerava faltar. Como Leonardo, era um estudante exemplar.
A segunda-feira era o dia mais chato da semana, Leonardo tinha 7 aulas e, quando da hora de largar, realmente estava exausto. Porém foi no intervalo que ouviu lorotas dos amigos.
- Pois é, gente! Ontem fui com minha família à Capital, fomos ao Shopping. E quem estava lá? Leonardo Henrique! Vocês precisavam ver: Léo deu uma de “gostoso”, fez que não nos viu. Estava com umas pessoas estranhas, talvez tios. Marina até chegou a dirigir-se a ele. Sabem vocês o que Léo disse? Imaginem! Ele disse que não se chamava Leonardo, que seu nome era Victor. Que falta de consideração, fazer-nos de tolos em meio a tanta gente! Esta você me paga, SEU LEONARDO! - Frisou Marcelo bastante enfático.
Leonardo nada compreendia sobre o que Marcelo falava. Aquilo era um desproposito, pensava. Por que ele inventava tal história?
- Disse e repito: passei ontem o dia em casa ao lado dos meus pais... Não fui a nenhum shopping e muito menos dei uma de “gostoso” e nem disse chamar-me Victor. Você está blefando! Até parece que não me conhece. Por que faz isto, encrenqueiro? Desabafou Leonardo.
- Está bem - disse Marcelo - esqueçamos o incidente, contudo que não se repita, pois, do contrário, deixo de falar com você... e para sempre!
Os fatos começam a convergir para momentos interessantes... O que os aguarda? Quê outros fatos acontecerão na vida dos gêmeos?

FIM DO II CAPÍTULO

Não perca o III capítulo, estará emocionante!

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