Abro as portas
de um vasto
sertão
Para o maior
espetáculo da terra:
Aridez, fome e
sede prosperam
Num cenário que
virou templo de
oração.
Não se cata
alimento, cata-se miolo
de areia...
Não se cata
vida, cata-se farelos
de morte...
Enfim tudo se
cata, até mesmo
pagode,
Mas os instrumentos
estão ressequidos, cheios
de teias...
O calor é
tão intenso, o
tempo tão quente
Que a chuva
tem medo de
se molhar
E pegar virose
dentre a acidez
de um mar
Que é tão
somente o sonho
de ver tudo
diferente...
Os santos estão
em greve, não
atendem ninguém...
Bebem uns aperitivos,
depois se perguntam:
eu sou quem?
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