sábado, 20 de abril de 2013

Noite de Siso



Conte-me  uma  excêntrica  anedota
Para  dissipar  este  vento  que  grita
E  que  atira  sobre  mim  as  britas
Da  madrugada  lúgubre  que  me  sufoca.

Deixe-me  sorrir  com  piadas  exóticas
Que  diluam  este  anestésico  que  vem  da  lua
E  que  nas  noites  sombrias  se  acentua
Perante  o  idílio  de  amor  que  se  invoca.

Preciso  gargalhar  com  as  janelas  abertas
Ao  escutar  um  turbilhão  de  graças  indiretas
Que  me  levem  ao  derradeiro  patamar  do  riso...

Assim  afogo  a  maldita  tristeza  que  vem
No  compasso  das  estrelas  que  brilham  no  além
E  me  debruço  sobre  as  fantasias  que  tanto  preciso!

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