sexta-feira, 19 de abril de 2013

Hipovida



Pareço  um  cavalo,
   não  ando,  troto
E  meus  passos  parecem  dolo
Que  me  deixam  entediado.

Não  sou  um  puro-sangue
Que  sai  a  galope  pelas  estradas,
Nem  potro  ainda  afim  de  mamadas,
Sou  cavalo  velho,  orientador  de  minha  gangue.

Durante  anos  estive  firme  nas  corridas
E  com  meu  capim  alimentei  muitas  intrigas
Em  que  vida  e  morte  faziam  a  cena...

Bastantes  bundas  montaram  minha  cela,
De  diversas  mãos  senti  cinto  e  fivela
E  agora  vejo  minha  história  na  tela  do  cinema!

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