Rios de lágrimas
cercam meu vulto
carcomido
Pela areia úmida
de uma ilha
inóspita,
Sou náufrago das
ilusões em que
se nota
No vazio das
emoções um deserto
adormecido.
Na solidão inclemente
corrói-se uma alegoria
alienada
Às sombras imponentes
de gigantescos arranha-céus,
Na calvície do
mundo consome-se nefasto
fel
Que alimenta sonhos
empedernidos que causam
desgraças.
A face humana
pranteia uma água
espessa e poluída
Pelos dejetos ingeridos
nas sensações apócrifas
da vida
Quais vermes que
saciam sua fome
nos organismos insólitos...
Rios de lágrimas...
lágrimas que murcham
as flores,
Que
acompanham solitárias preces
destinadas aos andores
Numa última esperança
de resgatar quem
sobrevive do ócio...
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