Calo-me 
perante  o  silêncio,
Mas  dentro  da 
noite  eu  grito,
O  tempo  é 
lento  e  infinito
E  minha  chama 
de  amor:  incêndio!
Sussurro 
sílabas  com  a 
emoção
Do  delírio  enfeitiçado 
pelo  viço,
A  volúpia  faz 
piruetas  e  eu 
enguiço
No  ponto  morto 
sobraçando  o  coração.
De  paixão  tremo 
e  me  arrepio
E  faço  arder 
calor  onde  há 
frio
Por  mais  gelada 
que  seja  a 
madrugada...
No  fogo  queimo 
em  labaredas  de 
prazer
E  embriagado  nas 
cinzas  lembro  você
Aconchegada  a  mim, 
febril  e  apaixonada!
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