Será  que  o 
sentimento  é  surreal?
Não,  não  o 
creio  totalmente...
Parece-me 
mais  que  seja 
agnóstico
Perante  o  olhar 
ressabiado  das  criaturas...
As  coisas  se 
transformam  inesperadamente,
Nem  há  tempo 
para  que  se 
absorvam  conteúdos,
Dos 
argumentos  retiram-se  dúvidas
Que  deixam  o 
ser  humano  em 
cima  do  muro...
E,  assim,  sucessivamente  em 
todos  os  pontos.
O  amor  tem 
suas  pernas  divididas,
Uma  para  cada 
lado,  pois,
Nunca  se  foi 
tão  corriqueiro  dizer: 
“te  amo”!
E  por  qualquer 
motivo,
Como  amar  fosse 
o mesmo  que  gostar...
Gostar  se  gosta, 
amar  é  outra 
história.
O  descrédito  se 
instala  no  que 
é  mais  grotesco
E  se  intensifica 
em  aspectos  mais 
eruditos...
A  confiança  já 
não  rola,  desenrola-se
Perante  os  paliativos 
da  modernidade
E,  na  maior 
parte  do  todo,
Desenvolve-se cada 
vez  mais  a 
incredulidade...
É  assim  que 
o  mundo  campeia
Diante  das  fraudes, 
da  violência,
Da  ausência  do 
interesse  comum,
Dos  meios  de 
comunicação,  das  redes 
sociais,
Do  sacro,  do 
face  a  face...
Os  débitos  travestem 
o  homem,
Os  créditos  se 
camuflam
Porque  o  caráter 
da  palavra
Ganhou  uma  nova 
personalidade:
O  da  multiplicidade...
Salve-se  quem  puder!
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