domingo, 14 de abril de 2013

Vales das Esperanças



                                                                                                                                          
Meu  silêncio  é  gota  d’água  perdida  no  oceano
Em  que  as  ondas  choram  sobre  as  pedras  desilusão...
Contrito,  lanço  as  velas  sobre  as  procelas  do  coração
E  vejo  afogar-se  no  último  sonho  meu  desejo  insano.

Ao  longo  das  águas  uma  lágrima  adoece  de  saudade
E  se    solitária  na  imensidão  do  inóspito  deserto,
Ao  cair  sobre  a  areia  irriga  o  pensamento   submerso
Que  dorme  desamparado  sobre  os  torvelinhos  da  tempestade.

Em  batalha  íntima  os  anseios  lutam  contra  a  tormenta
E  mesmo  diante  dos  incomensuráveis  perigos  que  enfrentam,
Semeiam  a  esperança  nos  vales  carcomidos  pela  dor...

Durante  as  noites  pranteiam-se  as  desventuras  dos  dias
E  nas  lembranças  revolvem-se  os  grãos  que  foram  alegorias
Donde  sepultaram  acenos  que  foram  moléculas  de  amor!

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