Meu silêncio é
gota d’água perdida
no oceano
Em que as
ondas choram sobre
as pedras desilusão...
Contrito,
lanço as velas
sobre as procelas
do coração
E vejo afogar-se
no último sonho
meu desejo insano.
Ao longo das
águas uma lágrima
adoece de saudade
E se vê
solitária na imensidão
do inóspito deserto,
Ao cair sobre
a areia irriga
o pensamento submerso
Que dorme desamparado
sobre os torvelinhos
da tempestade.
Em batalha íntima
os anseios lutam
contra a tormenta
E mesmo diante
dos incomensuráveis perigos
que enfrentam,
Semeiam a esperança
nos vales carcomidos
pela dor...
Durante as noites
pranteiam-se as desventuras
dos dias
E nas lembranças
revolvem-se os grãos
que foram alegorias
Donde
sepultaram acenos que
foram moléculas de
amor!
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