O  sonho  me 
faz  copular  com 
a  fantasia
Que  fica  prenha 
dos  meus  arroubos 
de  inspiração,
É  diante  dessa 
gravidez,  dessa  sublime 
gestação
Que  vem  à 
tona  o  colossal 
parto  da   poesia.
No  seio  lírico 
da  arte  os 
rebentos  ganham  forma
E  são  alimentados 
in  natura  no 
leito  semântico  das 
palavras,
O  sentimento  é 
o  pediatra  que 
faz  assepsia  das 
larvas
Para  que  o 
conteúdo  congênito  seja 
o  pensamento  que 
aflora.
Na  medida  em 
que  crescem  os 
vocábulos  rendem-se  à 
fidelidade
Dos  pais  que, 
lotados  nos  arquivos 
secretos  da  emoção,
Saciam  de  amor 
e  beleza  a 
fome  e  a 
sede  do  coração
Que  bate  alucinado 
perante  a  harmonia 
de  tanta  fecundidade.
No  engenho  em 
que  se  tecem 
partituras  que  enfeitam 
a  vida,
Meu  sonho  e 
a  fantasia  hão 
de  haver  uma 
existência  comprida!  
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