sábado, 27 de abril de 2013

Vales Eruditos



Panegíricos  se  espalham  alhures  pelo  éden,
São  cacholas  atrofiadas  que  não  entendem  a  ressalva,
Talvez  sejam  cocurutos  de  índole  calva
Em  cujos  crânios  as  madeixas  não  crescem.

Num  pátio  aveludado  os  pelos  se  exorcizam
E  se  encaixam  numa  cânfora  onde  reina  o  silêncio,
Não    nada  pudico  em  miolos  que  gritam  intenso
Sob  as  luzes  incautas  que  segregam  o  Paraíso.

No  blecaute  que  se  forma    cenas  circunscritas
Às  vaidades  que  exortam  a  publicidade  escrita
Que  a  metalinguística  se  escusa  perante  a  lógica...

Calo-me  diante  desse  intróito  de  natureza  híbrida
Que  traveste  os  adereços  góticos  de  cada  saída
Para  que  se    o  derradeiro  passo  na  estação  ecológica!  

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