terça-feira, 12 de janeiro de 2016

CORAÇÕES DE PEDRA


Timidez libidinosa e apática
Traça um perfil semiárido...
Caatinga íntima sem ardor,
De uma secura sem palavras.

Pálida vergonha que esconde
Sentimentos sem vegetação
Em que o âmago é pura argila,
Solo inadimplente e sem amor.

Em lugar do húmus há rochas
Que não filtram a sensibilidade,
Por isso a sensualidade é nula...

Eterno verão, tudo fica enxuto...
Eis uma calamidade que atinge
Corações de pedra sem adubo!


DE  Ivan de Oliveira Melo

  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.