domingo, 24 de janeiro de 2016

NOITE DE VELUDO

O  dia  caía  sereno  perante  o  arrebol
E  as  primeiras  estrelas  sorriam  no  firmamento,
Noite  plácida  entre  nuvens  de  arrebatamento
Trazia-me  uma  inspiração  banhada  por  girassol.
Suave  brisa  acariciava  minha  face  desnuda
E  meu  espírito  copulava  fidalgas  ideias  com  o  horizonte,
Águas  cristalinas  enchiam  de  beleza  as  fontes
E  as  palavras  teciam  de  carinho  a  natureza  muda.
Caminhava  soturno  por  alamedas  perfumadas
Entre  canteiros  floridos  iluminados  pela  lua
Que  escutava  cochichos  pelas  esquinas  das  ruas
De  amantes  enamorados  de  silhuetas  douradas.
Corujas  piavam  em  seus  voos  rasantes
E  os  morcegos  desfilavam  contentes  com  seus  frutos,
No  papel  o  poema  engordava  de  indultos
Os  argumentos  que  levavam  conteúdos  avante.
As  horas  avançavam  através  da  madrugada
Enquanto  um  sono  de  ternura  fazia-me  apoiar  a  cabeça
Num  banco  de  pedra  de  largura  espessa
Onde  pude  sonhar  com  o  infinito  das  estradas.
A  poesia  curtia  em  mim  sabores  inefáveis
Deixando  que  a  noite  me  osculasse  de  desejos
Arrepiando-me  no  corpo  pelos  poros  dos  cabelos
Rios  e  oceanos  de  águas  profundas  e  navegáveis!




DE Ivan de Oliveira Melo

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