O dia caía
sereno perante o
arrebol
E as primeiras
estrelas sorriam no
firmamento,
Noite plácida entre
nuvens de arrebatamento
Trazia-me uma inspiração
banhada por girassol.
Suave brisa acariciava
minha face desnuda
E meu espírito
copulava fidalgas ideias
com o horizonte,
Águas
cristalinas enchiam de
beleza as fontes
E as palavras
teciam de carinho
a natureza muda.
Caminhava
soturno por alamedas
perfumadas
Entre
canteiros floridos iluminados
pela lua
Que escutava cochichos
pelas esquinas das ruas
De amantes enamorados
de silhuetas douradas.
Corujas
piavam em seus
voos rasantes
E os morcegos
desfilavam contentes com
seus frutos,
No papel o
poema engordava de
indultos
Os argumentos que
levavam conteúdos avante.
As horas avançavam
através da madrugada
Enquanto um sono
de ternura fazia-me
apoiar a cabeça
Num banco de
pedra de largura
espessa
Onde pude sonhar
com o infinito
das estradas.
A poesia curtia
em mim sabores
inefáveis
Deixando que a
noite me osculasse
de desejos
Arrepiando-me
no corpo pelos
poros dos cabelos
Rios e oceanos
de águas profundas
e navegáveis!
DE Ivan de Oliveira Melo
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