domingo, 17 de janeiro de 2016

SENSIVELMENTE

Tudo a meu espírito se recolhe...

Nada falo. Deixo a ansiedade vagar
Dentre as frestas da curiosidade.

Por tudo minha alma se encolhe...
Nada guardo. Deixo a emoção mergulhar
Dentre as águas dos rios caudalosos.

Com tudo meus olhos se extasiam...
Nada vejo. Deixo a saudade temperar
Sentimentos adversativos que se avizinham,
Refletindo sensações que são óbolos.

Em tudo meu amor se apaixona...
Nada sinto. Deixo o que percebo borbulhar
Por uma terapia que aflora e se agiganta
E me faz conceber que ardor é cio
Que vibra em notas na sanfona!



DE  Ivan de Oliveira Melo


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