A escuridão é o universo dos cegos...
Nela, o mundo é pobre, só tem areia
E, o homem que diz tudo ver, tapeia
Sua imagem e desconhece seu ego...
O escuro é um deserto árido, sem fim,
É um sertão que faz morada na alma,
Não há pranto, pois, lágrima é caatinga
E a secura assassina qualquer jardim.
Não há penumbra nesta região inóspita,
O vazio vira riqueza, é o húmus do nada
E o sol é a sombra que o calor deságua
Sob as paredes de organismos ranzinzas...
O breu consome os vestígios da alvorada
Dum tempo que é só mistério e incógnita!
DE Ivan de
Oliveira Melo
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