Neste castelo de areia que flerta as ondas
E ludibria as águas mansas do mar selvagem
Eu resido desnudo nas conchas da vadiagem
E escrevo soberbo que namoro as horas tontas.
Neste solo úmido onde cogito minha orgia
Sou mundo e trapezista duma vida violácea,
Durante as noites enamorado da Via Láctea
Sou o príncipe e casmurro da própria fantasia.
Neste alqueire dum litoral que é chama viva
Recebo o abraço de sofreguidão de minha diva
E me permito desenhar o amor sem cerimônia...
Neste embalo em que o mar sacode suas vagas
Eu me junto solene à mulher que sutil me afaga
E a cubro com o olfato das mais puras begônias!
DE Ivan de
Oliveira Melo
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