Retrato uma overdose de simpáticos furúnculos
Que anestesiam os glúteos carcomidos por perebas
Da jovem rapariga apreciadora de galanteios à janela
Duma alcova donde se vê o lixo que é o crepúsculo
Da sujeira - orvalho que enfeitiça a senil primavera –
Dos amantes circuncidados pelos desvios dos ventos...
Fotografo cicatrizes que são feridas reféns da obesidade
Camuflada pelas paredes descascadas pelo velho tempo
Que desgraçadamente apontam as horas de cruzamento
Entre as linhas adversativas de dois sexos em
atividade...
Desenho manchas amareladas nas colchas aveludadas
Que forram o catre onde as epidermes se desenvolvem
Na entrega translúcida de corpos fátuos deveras ardentes
Que se locupletam no vaivém cíclico do aconchego trivial
Em que mancebo e rapariga doravante respiram o amor!
DE Ivan de
Oliveira Melo
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