sábado, 23 de janeiro de 2016

GRITO DE CHUVA

O  campo  está  seco,
A  terra  rachada,
Minha  face  é  a  estrada
Por  onde  me  perco.

Árvores  desfolhadas,
Em  meu  íntimo  é  sertão...
Restos  de  vida  no  chão
Entristecendo  as  madrugadas.

Oásis  são  lágrimas  ao  relento,
Sol  a  pino  é  pico  de  chaminés
Que  tostam  as  envergaduras  dos  pés
Rolando  a  esmo  em  meu  sentimento.

Seios  róseos  alimentam  a  nostalgia
Que  a  esperança  nutre  do  novo  arrebol,
O  vento  tudo  sopra  em  caracol
Levando  consigo  a  fotossíntese  da  covardia.

Sol  e  calor...  Solidão  se  agita  e...
Com  o  grito  do  trem,  a  chuva  se  precipita!




DE  Ivan de Oliveira Melo

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