domingo, 26 de maio de 2013

Ah, se eu morresse...



Ah,  se  eu  morresse  agora,
Juntar-me-ia  aos  voo  das  gaivotas
E  em  liberdade  daria  muitas  voltas
Até  esconder-me  no  palco  da  glória...

Ah,  se  eu  morresse  neste  instante,
Ver-me-ia  a  cantar  um  hino  de  desapego
E  me  permitiria  adormecer  do  sossego
  que  a  vida  negou-me  esse  calmante...

Oh,  morte!  Por que  desdenhas  de  mim?
Por  que  não  limitas  meu  fim
E  me  libertas  as  algemas  desse  cativeiro?

O  que  sou?  quem  sou?  aonde  vou?  Pouco  importa,
Arrebata-me  deste  infortúnio,  abre-me  a  porta,
Deixa-me  vaguear  sem  ser  teu  prisioneiro!

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