sábado, 4 de maio de 2013

Pedaço de mim...



Eu  não  quis  acreditar  que  houvesse  despedida,
Meu  raciocínio  cria  que  tão  somente  ela  dormia,
As  lágrimas  e  as  flores  do  ambiente  eram  de  melancolia
E  minha  ficha  teimava  em  não  cair,  desentendida...

Em  seu  profundo  sono  notava-se  uma  face  serena
Que  contemplasse  em  sonho,  talvez,  um  jardim  de  primavera,
Não  havia  risos,    choro  pela  alcatifa  da  passarela
E  um  tecido  branco  que  cobria  seu  corpo  de  açucena.

Meu  olhar,  então,  concentrou-se  em  suas  mãos,
Mãos  de  veludo  que  protegiam  com  cuidado  um  coração
Que  amou  e  foi  amado  pelas  aventuras  da  vida...

Súbito  caí  em  mim  quando  colocaram  a  tampa
De  um  caixão  que  levaria  a  ninfa  à  sua  campa
E  um  pedaço  de  mim  que  também  estava  de  partida!

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