Não me cedo
aos desajustes do
mundo,
Trogloditas
torcem pelo meu
desencanto,
Mas persisto firme,
até causo espanto
E do meu
ateliê assisto ao que é
imundo.
Moro nesta terra
miserável entre feras
Que vivem de
auscultar o problema
alheio,
Parece até não
haver espelhos em
seu meio
E que bocas
e olhos sinistros
não estão à
espera...
Esquecer-se
da própria vida
e olhar à
do outro
É esconder entre
as pernas rabo
que não é ouro
E um dia
a casa desaba
pelo desleixo com
a sujeira...
Insucesso é o
retrato que há
no fim de
cada linha,
Periodistas
que não sabem
governar sua cozinha
Não têm moral
para educar os
filhos da companheira!
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