sexta-feira, 24 de maio de 2013

Vida Alheia




Não  me  cedo  aos  desajustes  do  mundo,
Trogloditas  torcem  pelo  meu  desencanto,
Mas  persisto  firme,  até  causo  espanto
E  do  meu  ateliê  assisto  ao  que  é  imundo.

Moro  nesta  terra  miserável  entre  feras
Que  vivem  de  auscultar  o  problema  alheio,
Parece  até  não  haver  espelhos  em  seu  meio
E  que  bocas  e  olhos  sinistros  não  estão  à  espera...

Esquecer-se  da  própria  vida  e  olhar  à  do  outro
É  esconder  entre  as  pernas  rabo  que  não  é  ouro
E  um  dia  a  casa  desaba  pelo  desleixo  com  a  sujeira...

Insucesso  é  o  retrato  que    no  fim  de  cada  linha,
Periodistas  que  não  sabem  governar  sua  cozinha
Não  têm  moral  para  educar  os  filhos  da  companheira!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.