Meu  pincel  dá  ao  mundo
As  cores  que 
eu  quiser
E  o  desenho 
que  a  criatividade 
esculpir...
Não  vou  me 
enganar
Nem 
mistificar  quem  me  lê
Só  pelo  fato 
de  ser  agradável...
Isso  é  trapacear,
Iludir  com  o 
que  não  existe
Embora,  de  certa 
forma,
A  arte  seja 
alegoria...
Mesmo  pelo  canal 
da  fantasia,
Expressa-se  o  real
Com  efeito  denotativo
E  assaz  referencial...
Os  adereços  são 
apenas  o  adorno
Que  tornam  o 
embrião  artístico  elegante
E  apreciável  aos 
olhos  e  ao 
intelecto.
No  caso,  meu 
instrumento  é  a 
palavra
Que  uso  sem 
pelos  nem  piaçava
De  acordo  com 
uma  fonte  de 
inspiração
Que  realce  o 
enredo  e  deleite,
Mas  que  antes 
de  tudo:  informe!
Aqui  e  acolá 
o  retoque,
A  função  linguística,
A  figura  que 
absorve
E  um  glossário 
sem  apelações,
Dentro  dos  requintes 
Que  a  gramática 
impõe...
Este  é  o 
labor
De  que  me 
vejo  engajado,
Comprometido
Num  casamento  sem 
divórcio
Em  que  a 
fidelidade  predomina
Como  senhora  absoluta
De  um  caso 
que  é  caso,
Mas  uma  união 
de  amor  eterno!
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