Série : O que
é a vida...
POEMA 2
Perguntas sem Respostas
Torturam-me
reflexões como: quem
eu sou? o que
eu sou?
Como a vida
tem um fim,
não deveria ter
havido começo...
Somos seres descartáveis
à procura de um endereço.
Nossa
identidade é análoga
a um grão
de areia do
deserto,
Nossa origem apenas
se explica biologicamente e,
decerto,
O destino é
tão diáfano quanto
o vácuo que
é disperso...
Ciência e religião
se atropelam quanto
ao receituário de
origem,
Afirmar-se
que somos herança
biológica da evolução
do macaco
É hediondo e
isso deixa rastros
de que somos
todos lunáticos
Posto que nos falta capacidade
ao sustentar-se preceito
tão depreciativo.
Nossa
inteligência vagueia num
tudo que é
nada perante a
consciência...
Somos
levados, por outro
lado, a crermos
numa origem no
Paraíso,
Mas isso é deveras miraculoso,
é alegoria de
fundo intuitivo
Que somente no
ponto de vista
artístico ganha certa
credibilidade
Enquanto
questões como: quem
eu sou?, o
que eu sou?
parecem vulgaridades!
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