quarta-feira, 8 de maio de 2013

Perguntas sem Respostas



Série :  O  que  é  a  vida...



POEMA  2



Perguntas  sem  Respostas




Torturam-me  reflexões  como:  quem  eu  sou?  o  que  eu  sou?

Como  a  vida  tem  um  fim,  não  deveria  ter  havido  começo...
Somos  seres  descartáveis  à  procura  de  um  endereço.

Nossa  identidade  é  análoga  a  um  grão  de  areia  do  deserto,
Nossa  origem  apenas  se  explica  biologicamente  e,  decerto,
O  destino  é  tão  diáfano   quanto  o  vácuo  que  é  disperso...

Ciência  e  religião  se  atropelam  quanto  ao  receituário  de  origem,
Afirmar-se  que  somos  herança  biológica  da  evolução  do  macaco
É  hediondo  e  isso  deixa  rastros  de  que  somos  todos  lunáticos
Posto  que  nos  falta  capacidade  ao  sustentar-se  preceito  tão  depreciativo.

Nossa  inteligência  vagueia  num  tudo  que  é  nada  perante  a  consciência...
Somos  levados,  por  outro  lado,  a  crermos  numa  origem  no  Paraíso,
Mas  isso  é  deveras  miraculoso,  é  alegoria  de  fundo  intuitivo
Que  somente  no  ponto  de  vista  artístico  ganha  certa  credibilidade
Enquanto  questões  como:  quem  eu  sou?,  o  que  eu  sou?  parecem  vulgaridades!

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