segunda-feira, 20 de maio de 2013

Lírios e Jasmins ( Soneto falado )



Eu  estava  quase dormindo,  sonolento
Quando  ela  despiu-se  e  se  deitou  comigo:
- Acabo  de  plantar  um  jasmim  em  seu  umbigo
Para  ter  abrigo  ao  sentir  o  amor  me  ardendo...

Ao  me  virar,  percebi  bocejos  de  atrito:
-  Rendo-me  aos  seus  febris  encantos,
Sua  pele  é  perfeita  harmonia  para  meus  cantos
E  minha  agonia  sabe  driblar  todos  os  perigos.

Nossos  corpos  se  acoplaram  num  só,  famintos...
- Estar  com  você  é  ter  volúpia  e  prazer,  não  minto,
É  sentir  as  larvas  do  vulcão  queimando  em  delírios...

Não  respondi  imediato,    após  o  pranto  das  labaredas:
- No  cio  que  me  faz  chorar  o  néctar  dessas  facetas,
Sinta  que  não  colhi  jasmins,  mas  reguei  lírios!

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