domingo, 19 de maio de 2013

Identidade é Memória



 
Deixaram-me  numa  catacumba
A  apodrecer  inerte  e  abandonado,
Esqueceram-se  de  que  pela  vida  era  apaixonado
Para  ser  alimento  de  vermes  em  cova  funda.

A desintegração  corpórea  tornou-me  irreconhecível,
Mas  minha  identidade  fecundou  minha  história,
Em  livros  e  redes  sociais  tenho  presença  satisfatória
Que  é  contraponto  de  um  sucesso  iminente  e  presumível.

Da  sepultura  meu  nome  não  pode  me  tirar,
Porém  na  imortalidade  o  êxito  tem  lugar
Mediante  a  arte  que  não  me  retém  deveras  esquecido...

Assim  meu  espírito  vagueia  brando  e  feliz
Em  contentamento  por  tudo  que  poeticamente  escrevi
Para  uma  humanidade  que  necessita  de  fluidos  positivos! 

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